
Qualidade de Vida
O futuro já é presente
Mudanças demográficas forçam a humanidade a rever valores
A longevidade é um fato consumado que deve marcar a história da humanidade no século XXI e todos precisam estar preparados para a nova realidade: A população, as empresas e os governos. Essa afirmação foi unanimidade entre os quatro palestrantes que conduziram o I Fórum da Longevidade, realizado pela Bradesco Vida e Previdência em São Paulo.
O Fórum foi uma iniciativa pioneira, concebida com o propósito de levar o público a refletir sobre a preparação necessária para enfrentar a grande mudança que vem ocorrendo na configuração demográfica brasileira e mundial.
Para se ter uma idéia do que representa a longevidade, as projeções do IBGE apontam para um universo de 64 milhões de sexagenários no Brasil em 2050, ou 24,66% da população. Os números são bastante expressivos, principalmente se considerarmos que em 2005 apenas 9% da população tinha mais de 60 anos de idade (16,3 milhões).
“No período de 1919 a 2006, as pessoas passaram a viver mais 29 anos, em média”, afirmou na abertura do evento Luiz Carlos Trabuco Cappi, Vice-presidente do Banco Bradesco e Presidente do Grupo Bradesco Seguros e Previdência. “A questão agora não é apenas viver mais, mas sim viver mais e melhor, considerando de forma integrada todos os aspectos: físico, mental, espiritual e financeiro.”
Para o médico Alexandre Kalache, um dos palestrantes do evento, embora o aumento da longevidade seja uma boa notícia, a realidade do sistema educacional e da saúde pública no Brasil, além da degradação do meio ambiente, ainda impedem que este fato seja comemorado por aqui, “O mundo desenvolvido tornou-se rico antes de envelhecer. O Brasil, ao contrário, está se tornando velho antes de conquistar a riqueza”, alertou Kalache.
O I Fórum da Longevidade abordou todas
essas questões, além da importância do planejamento financeiro para que
as pessoas possam usufruir dos anos a mais que conquistaram. Os temas
foram apresentados por quatro palestrantes: Alexandre Kalache, médico e
chefe do Programa de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial de
Saúde; o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca; o
professor de Geriatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
João Toniolo Neto e o consultor em Recursos Humanos Marco Aurélio
Ferreira Vianna.
